quinta-feira, 23 de maio de 2019

MATEUS 12:43-45


MATEUS 12:43-45

“Quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Então, diz: Voltarei para a minha casa, donde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má”.
Diz- se que este homem foi purificado (isto é, salvo) porque o espírito imundo saiu dele. Ele então se virou e se associou com espíritos malignos, de modo que perdeu tudo o que ganhara ao ser purificado. Ele, portanto, perdeu sua salvação e seu último estado foi pior do que antes de ser purificado.
Este é um exemplo de uma passagem com algumas frases incomuns e ambíguas. É preciso deduzir coisas para que a interpretação equivocada se encaixe. Dizer que esse homem foi salvo está implicando algo que não está na passagem. O Senhor estava falando sobre o abandono nacional dos judeus, de Deus, para uma promíscua idolatria. O contexto é o do Senhor sendo rejeitado, tanto pelas pessoas comuns nas aldeias da Galileia (Mt 11), quanto pelos líderes da Judeia (Mt 12). Ele, portanto, deu esta solene advertência à nação.
O Senhor fala desse homem como representando figurativamente toda uma “geração” de pessoas, não qualquer indivíduo em particular. Ao retornar da Babilônia, os judeus haviam abandonado a idolatria e o espiritismo relacionado a ela. O “espírito impuro”, nesse sentido, havia saído da nação, deixando a casa de Israel “desocupada, varrida e adornada”. Mas eles não haviam dado ao Senhor Seu lugar de direito como seu Messias. Ele lhes disse que, uma vez que sua incredulidade era tão profunda, ela se manifestaria em um dia vindouro quando a nação voltasse à idolatria. Isso acontecerá quando os judeus receberem o anticristo e adorarem a imagem da besta (Jo 5:43; Ap 13:12-15). Eles iriam mergulhar numa idolatria sete vezes pior do que nos dias de seu cativeiro pré-babilônico! A passagem, portanto, não tem absolutamente nada a ver com um Cristão perdendo sua salvação.

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