1 CORÍNTIOS 9:27
“Pelo contrário esbofeteio o meu corpo e o reduzo à
escravidão, para que havendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser
rejeitado”.
Aqui, Paulo diz
que se ele não mantivesse seu corpo sob controle (apetites e desejos), poderia
acabar pecando e, assim, ser um “rejeitado”.
A palavra “rejeitado” é traduzida em outro lugar
como “reprovado” e certamente se
refere a uma alma perdida (Rm 1:28; 2 Co 13:5-7; 2 Tm 3:8; Tt 1:16). Alguém
disse que, uma vez que a palavra significa “excluído”
ou “desqualificado”, está se
referindo ao ministério de um homem sendo desqualificado, e não a própria
pessoa. Por isso, seu ministério seria rejeitado porque sua vida estava em
desordem. Esta interpretação pode ser útil para refutar aqueles que negam a
eterna segurança do crente, mas a palavra “rejeitado”
não deve ser tomada nesse sentido limitado. Não é usada dessa maneira no Novo
Testamento. Isso significa que a pessoa como um todo é rejeitada porque está
perdida. J. N. Darby disse: “Ser um rejeitado é estar perdido – ser punido com
a destruição eterna fora da presença do Senhor”.
No entanto, não
devemos deduzir disso que um Cristão pode perder sua salvação. O assunto em
questão no capítulo é a pregação de Paulo, não sua salvação. Ele está falando
da possibilidade de alguém ser um pregador
e, no entanto, acabar sendo rejeitado; não de ser um Cristão e terminar rejeitado. Se um pregador não possui salvação, é possível que ele acabe sendo rejeitado
se não for salvo. Judas foi uma pessoa assim. O homem que discutimos em Mateus
7:22 é outro exemplo. Era evidente que havia alguns pregando em Corinto que
eram suspeitos, e Paulo deu esse aviso para eles.
Podemos
perguntar: “Por que então Paulo falou de si mesmo como possivelmente sendo um reprovado,
se tal coisa nunca poderia acontecer?” A resposta é que Paulo estava falando de
pregadores em geral e, portanto, incluía a si mesmo. Mas ele era mais que um
pregador; era um crente e não podia se perder. Paulo aplicou “figuradamente” essas coisas a si
mesmo, incluindo-se no quadro (1 Co 4:6; 1:12) de modo a não destacar ninguém
em Corinto em particular e causar ofensa; assim, tratou do assunto com
delicadeza. O foco da passagem é que ele queria mostrar por todo o seu modo de
vida, no qual mantinha seu corpo em sujeição, que não era um desses reprovados.
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