quinta-feira, 23 de maio de 2019

2 PEDRO 2:20-21


2 PEDRO 2:20-21

“Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado.”
Aqui, é dito que se uma pessoa que escapa das corrupções do mundo é salva, mas depois se volta e se enreda nessas corrupções novamente, perde sua salvação.
Esta é outra passagem que tem uma mudança dos pronomes. Se voltarmos ao início do capítulo, veremos na primeira parte do versículo 1 que o apóstolo se dirige aos seus irmãos na segunda pessoa do plural (“vós”). Mas nos versículos 1b-22, o pronome muda para a terceira pessoa do plural (“eles” e “os”) para indicar uma classe especial de meros professantes que eram apóstatas. Então, no capítulo 3:1-2, a pessoa nos pronomes retorna para a segunda pessoa do plural quando ele fala aos verdadeiros crentes. Os versículos que estamos considerando se referem àquele grupo de apóstatas do qual Pedro (sendo um crente) não se coloca – dizendo “eles” e “os”. Isso mostra a importância de obter o contexto de um versículo.
Essas pessoas não eram verdadeiros crentes, mas haviam trilhado seus caminhos para o lugar de “doutores” (cap. 2:1). É difícil de acreditar, mas mostra novamente até onde pode ir a profissão vazia. Esses meros professantes haviam “escapado das corrupções do mundo” e estavam em um lugar limpo na Terra, exteriormente, por estar entre o povo do Senhor que vivia em separação do mundo. Eles foram santificados externamente (1 Co 7:14; Hb 10:29), mas não eram salvos.
Nota: eles tinham “o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo”, mas não a fé salvadora n’Ele. Isso, mais uma vez, mostra que conhecer e crer são duas coisas diferentes. Pedro nos diz que o juízo deles será pior do que uma pessoa que nunca aceitou o Cristianismo! Isso mostra que Deus considera uma pessoa responsável pela luz que professa ter (Lc 12:47-48). Esses professantes receberão o maior juízo (Tg 3:1).
É significativo que dois animais impuros sejam usados como figuras para descrever esses apóstatas. O “cão” ilustra que não houve mudança de coração neles. Não houve verdadeiro arrependimento – nenhum abandono de seus pecados (Pv 28:13), então retornaram aos seus pecados quando o “cão voltou a seu próprio vômito” (2 Pe 2:22). Nenhum verdadeiro crente é comparado a um cão na Escritura (Ap 22:15). Isso os aponta como falsos professantes que nunca foram salvos. A “porca” foi lavada por fora, mas isso não mudou sua natureza, e provou isso tornando a “revolver-se no lamaçal”. Como a “porca”, esses apóstatas foram “lavados” (no sentido de ter escapado das corrupções do mundo estando entre os Cristãos), mas não estavam de “todo limpo” – que é o novo nascimento (Jo 13:10 – AIBB). Eles só provaram que não foram salvos, retornando aos seus pecados. Novamente, nenhum verdadeiro crente é comparado a um porco na Escritura. O Senhor Se refere ao Seu povo como ovelhas, mas nunca como cães ou porcos (Jo 10:14; Mt 7:6).

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