quinta-feira, 23 de maio de 2019

1) A Necessidade de Entender o Contexto


1) A Necessidade de Entender o Contexto

A primeira causa para as interpretações equivocadas sobre este assunto é que elas estão frequentemente fora do contexto. Talvez o maior princípio necessário para a correta interpretação da Bíblia seja o contexto. Ao comprar uma casa, o corretor nos diz que as três regras mais importantes numa aquisição a ser valorizada são: primeira: a localização; segunda: a localização; terceira: a localização. Da mesma forma, na interpretação da Bíblia, os três princípios mais importantes são: primeiro: o contexto; segundo: o contexto; terceiro: o contexto.
Não queremos apenas entender o contexto da passagem que está sob consideração, mas queremos ter certeza de que a interpretação também coincide com o restante da Escritura. O velho provérbio, “Devemos interpretar as Escrituras à luz de todas as outras Escrituras”, é importante para se ter em mente quando olhamos para este assunto. O apóstolo Pedro disse: “que o alcance de nenhuma profecia da Escritura é tido a partir de sua própria interpretação particular” (2 Pe 1:20 – JND). Na nota de rodapé[1] da Tradução Darby, ele diz que a passagem quase poderia ser traduzida: “Nenhuma profecia explica a si mesma”. Em certo sentido, é preciso toda a Bíblia para explicar qualquer passagem nela. É verdade que Pedro estava se referindo ao entendimento da profecia, mas o princípio que ele estabelece é muito amplo e se aplica a todas as linhas de verdade na Bíblia.
É triste dizer que os versículos que são trazidos diante de nós para negar a eterna segurança do crente não são apenas isolados do contexto da passagem em que são encontrados, mas eles também não têm o apoio do teor geral do restante da Escritura. Portanto, é de extrema importância que, em espírito de oração e com cuidado, leiamos cada passagem em seu contexto para nos certificarmos de que estamos “dividindo corretamente a Palavra da verdade” (2 Tm 2:15 – KJV).



[1] N. do T.: Nota de rodapé “i” em 2 Pe 1:20 na tradução de JND: “Isto é, “não é explicada por seu próprio significado”, como uma declaração humana. Deve ser entendida por meio do e de acordo com o Espírito que a proferiu. A ‘profecia’ é, eu entendo, o sentido da profecia, a coisa que ela significa. Ora, isso não é alcançado por uma interpretação humana de uma passagem isolada que tem seu próprio significado e sua própria solução, como se um homem a expressasse; porque é uma parte da mente de Deus, proferida como homens santos foram movidos pelo Espírito Santo para expressá-la. Na ‘profecia da escritura’ o apóstolo tem em mente a coisa profetizada, sem perder a ideia da passagem. Daí eu me aventurei a dizer ‘[o alcance de] nenhuma profecia’. Quase se pode dizer ‘nenhuma profecia explica a si mesma’”.

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