quinta-feira, 23 de maio de 2019

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A IRRACIONALIDADE DESTA FALSA DOUTRINA

A IRRACIONALIDADE DESTA FALSA DOUTRINA


Se tomarmos um momento e pensarmos nesta falsa doutrina, veremos que é um absurdo. Não é apenas antibíblica, como mostramos; é irracional. Damos a seguir alguns exemplos:

1) Deus teria que retomar a nova vida

Se um crente perdesse sua salvação, Deus teria que recuperar a nova vida que Ele transmitiu à pessoa quando nasceu de novo. Mas então o que Deus faria com essa vida divina? O que aconteceria com isso? Não pode ser destruída, pois é divina e eterna. O absurdo dessa doutrina deixa Deus em uma terrível situação.

2) Ela irá encorajá-lo a viver de maneira descuidada

Dizem-nos que, se ensinarmos ao crente que ele está eternamente seguro, isso o levará a sair e a viver como o diabo. Isso o encorajará a viver de maneira descuidada, porque ele sabe que acabará no céu de qualquer maneira.
Isso é raciocínio humano. Não leva em conta o poder da graça de Deus para transformar vidas. A mesma graça que salva almas do inferno, as transforma. A Bíblia ensina que “a graça de Deus” irá trabalhar no coração do crente, de modo que ele não queira viver em pecado e entristecer o Senhor. Ela tocará seu coração de maneira tão profunda que negará a “impiedade e as paixões mundanas” (TB) e viverá “neste presente século sóbria, justa e piamente” (Tt 2:11-12). Quando o crente reflete sobre o grande preço que o Senhor Jesus pagou na cruz para salvá-lo do julgamento de seus pecados, ele é grato, e quer fazer o que pode para agradar ao Senhor para mostrar sua apreciação. A resposta normal é não querer sair e viver em pecado! Deus opera em todo crente, pelo Espírito Santo, “tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Fp 2:13). O Espírito de Deus lhe dá o poder de viver uma vida santa (Rm 8:2). Se um crente andar “no Espírito”, o Espírito operará em sua vida para que ele não cumpra as concupiscências da carne (Gl 5:16).
Se um crente brinca com a graça de Deus e se volta ao mundo para buscar os prazeres do pecado, será extremamente infeliz. Ele trará a disciplina do Pai em sua vida (1 Pe 1:16-17). Será castigado e ensinado a não andar em impiedade. Se alguém, chamado Cristão, vive habitualmente nas corrupções do mundo, é porque é um mero professante e não é salvo de forma alguma.

3) Na melhor das hipóteses ele só pode esperar ser salvo

Por sua própria definição, aqueles que defendem essa falsa doutrina não podem se considerar salvos! Chegar ao céu, de acordo com essa doutrina, depende de como alguém se comporta depois de ter recebido a Cristo. Ele tem que “perseverar até o fim” de sua vida antes de ser “salvo” (Mt 24:13). Na melhor das hipóteses, só pode esperar ser salvo. Pense nisso; aqueles que nos chegam a propor esta blasfêmia nem sequer são salvos pela definição de sua própria doutrina! Agora, por que alguém escutaria uma pessoa que ensinasse algo que não é bíblico, nem racional e, reconhecidamente, não sabe se ela própria irá para o céu? A coisa toda é absurda.

                   Caro amigo, se você mantiver esta doutrina contaminada, imploramos a você que considere as blasfêmias desonrosas a Deus e as irracionalidades ligadas a ela, e abandone a coisa toda imediatamente. Que você seja avisado pelo exemplo de Himeneu e Alexandre, os quais o apóstolo Paulo entregou “a Satanás, para que aprendam pela disciplina a não blasfemar” (1 Tm 1:20 – JND). É um grave erro doutrinário que pode incorrer em disciplina de Deus na sua vida! (1 Pe 3:12). 

A BLASFÊMIA CONECTADA COM A FALSA DOUTRINA DE UM CRENTE PERDENDO SUA SALVAÇÃO


A BLASFÊMIA CONECTADA COM A FALSA DOUTRINA DE UM CRENTE PERDENDO SUA SALVAÇÃO

Aqueles que defendem a falsa doutrina de um crente perder sua salvação, provavelmente não percebem a seriedade do erro. Se levarmos a doutrina até sua conclusão lógica, veremos que é uma blasfêmia. Há acusações falsas contra o próprio Deus, que são realmente muito graves. Damos agora alguns exemplos:

1) Deus seria um mentiroso!

Se o que eles estão dizendo é verdade, então Deus não pode ser levado a sério em Sua Palavra. Ela afirma claramente que as ovelhas de Cristo NUNCA HÃO DE PERECER” (Jo 10:28). Se uma delas acaba no inferno, então Sua Palavra não pode ser confiável. Este ataque insidioso atinge a fidelidade de Deus e Sua Palavra. Felizmente, “Deus não é homem, para que minta” (Nm 23:19). Seja qual for a maneira como uma pessoa possa tentar contornar a palavra “nunca”, no final ela ainda significa NUNCA!

2) Cristo acabaria no inferno!

Visto que a Palavra de Deus diz que o Senhor “NUNCA” nos deixará, nem nos abandonará (Hb 13:5 – ARA), se perdermos a nossa salvação e acabarmos no inferno, então Deus, que não pode voltar atrás na Sua Palavra, terá que colocar Cristo lá também.

3) O Espírito Santo também acabaria no inferno!

A Escritura diz claramente que Ele estará conosco “para sempre” (Jo 14:16). Então, se um crente acabar no inferno, isso significa que o Espírito Santo terá que estar lá também.

4) A obra de expiação de Cristo na cruz não é realmente suficiente

A obra de expiação de Cristo na cruz não é realmente suficiente para garantir a uma pessoa de estar no céu; apenas o coloca na estrada! Cristo põe o crente no caminho para o céu inicialmente quando ele crê pela primeira vez, mas então o crente deve fazer sua parte para assegurar sua salvação, andando em retidão todos os seus dias. Assim, a salvação do crente é algo condicional, dependente de como ele se comporta depois de ser salvo. Em essência, o que realmente está sendo dito é que existem duas partes na a salvação de alguém: a parte de Cristo na cruz e a parte do crente de andar corretamente por toda a sua vida. Por mais triste que seja essa doutrina errônea, ela faz da ida ao céu um resultado da própria obra do crente. Por trás deste ensinamento blasfemo está um sistema de obras – algo que a Bíblia condena (Rm 4:4-5; Ef 2:8-9; Tt 3:5). Na cruz, o Senhor não disse: “Consumei”, o que poderia implicar que Ele fez a Sua parte da obra, deixando algo para nós fazermos. Ele disse: “Está consumado”. A obra da redenção foi completada na cruz e não resta mais nada para fazer!

Não há nada a se fazer,
Não há nada para pagar,
Jesus fez tudo com prazer
Em Sua maneira de abençoar.

Se alguém pudesse ir para o céu com base em se manter longe do pecado, quando chegasse lá estaria apto a dizer: “Eu estou aqui não apenas por causa do que Cristo fez na cruz, mas também por causa do que eu fiz. Aqueles que não estão aqui, embora possam ter crido, não fizeram a sua parte como eu fiz. Eu cumpri a caminhada e eles não o fizeram, então eles estão perdidos, mas eu estou salvo.” Se isso fosse verdade, seria justo que essa pessoa tivesse algum crédito por estar no céu. Ela realmente teria algo para agradecer a si mesma! Agora, perguntamos aos nossos leitores: isso honestamente soa como a verdade de Deus?
Um grande teste para ver se uma doutrina é verdadeira ou falsa é simplesmente ver se ela exalta a Cristo ou o homem. Se exaltar a Cristo, é de Deus; se exaltar o homem é erro. Essa falsa doutrina faz algo do homem e isso avilta a obra de Cristo. Isso é blasfêmia.


2 CRÔNICAS 15:2


2 CRÔNICAS 15:2

“Se O buscardes, Ele Se deixará achar; porém, se O deixardes, vos deixará” (ARA).
Diz-se que, se uma pessoa abandona o Senhor, o Senhor a abandona e, assim, perde sua salvação.
Isto, novamente, está usando a Escritura fora de contexto.
Esse equívoco vem de não ver que essa advertência dada a “Asa, e todo Judá e Benjamim” estava se referindo a um juízo governamental de Deus, não a um juízo eterno. Não está falando do Senhor os abandonando em uma eternidade perdida, mas abandonando exércitos deles no campo de batalha (2 Cr 14:9-15). Se eles deixassem o Senhor e se voltassem para ídolos, eles não teriam Sua bênção prática. Ele não iria ficar com eles contra seus inimigos. Asa deu ouvidos ao aviso e “afastou os ídolos abomináveis de toda a terra de Judá e Benjamim”, e o Senhor abençoou Seu povo de maneira prática e “lhes deu descanso em redor” (2 Cr 15:8, 15).

2 PEDRO 2:20-21


2 PEDRO 2:20-21

“Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado.”
Aqui, é dito que se uma pessoa que escapa das corrupções do mundo é salva, mas depois se volta e se enreda nessas corrupções novamente, perde sua salvação.
Esta é outra passagem que tem uma mudança dos pronomes. Se voltarmos ao início do capítulo, veremos na primeira parte do versículo 1 que o apóstolo se dirige aos seus irmãos na segunda pessoa do plural (“vós”). Mas nos versículos 1b-22, o pronome muda para a terceira pessoa do plural (“eles” e “os”) para indicar uma classe especial de meros professantes que eram apóstatas. Então, no capítulo 3:1-2, a pessoa nos pronomes retorna para a segunda pessoa do plural quando ele fala aos verdadeiros crentes. Os versículos que estamos considerando se referem àquele grupo de apóstatas do qual Pedro (sendo um crente) não se coloca – dizendo “eles” e “os”. Isso mostra a importância de obter o contexto de um versículo.
Essas pessoas não eram verdadeiros crentes, mas haviam trilhado seus caminhos para o lugar de “doutores” (cap. 2:1). É difícil de acreditar, mas mostra novamente até onde pode ir a profissão vazia. Esses meros professantes haviam “escapado das corrupções do mundo” e estavam em um lugar limpo na Terra, exteriormente, por estar entre o povo do Senhor que vivia em separação do mundo. Eles foram santificados externamente (1 Co 7:14; Hb 10:29), mas não eram salvos.
Nota: eles tinham “o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo”, mas não a fé salvadora n’Ele. Isso, mais uma vez, mostra que conhecer e crer são duas coisas diferentes. Pedro nos diz que o juízo deles será pior do que uma pessoa que nunca aceitou o Cristianismo! Isso mostra que Deus considera uma pessoa responsável pela luz que professa ter (Lc 12:47-48). Esses professantes receberão o maior juízo (Tg 3:1).
É significativo que dois animais impuros sejam usados como figuras para descrever esses apóstatas. O “cão” ilustra que não houve mudança de coração neles. Não houve verdadeiro arrependimento – nenhum abandono de seus pecados (Pv 28:13), então retornaram aos seus pecados quando o “cão voltou a seu próprio vômito” (2 Pe 2:22). Nenhum verdadeiro crente é comparado a um cão na Escritura (Ap 22:15). Isso os aponta como falsos professantes que nunca foram salvos. A “porca” foi lavada por fora, mas isso não mudou sua natureza, e provou isso tornando a “revolver-se no lamaçal”. Como a “porca”, esses apóstatas foram “lavados” (no sentido de ter escapado das corrupções do mundo estando entre os Cristãos), mas não estavam de “todo limpo” – que é o novo nascimento (Jo 13:10 – AIBB). Eles só provaram que não foram salvos, retornando aos seus pecados. Novamente, nenhum verdadeiro crente é comparado a um porco na Escritura. O Senhor Se refere ao Seu povo como ovelhas, mas nunca como cães ou porcos (Jo 10:14; Mt 7:6).

1 JOÃO 1:7


1 JOÃO 1:7

“Mas, se andarmos na luz, como Ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado”.
Tem sido dito que o “se” neste versículo nos ensina que uma pessoa é lavada no sangue somente se ela anda na luz como Deus está na luz.
Se esta interpretação fosse correta, então está ensinando que uma pessoa pode ser purificada pelo sangue de Cristo por seu caminhar! Perguntamos: “Aqueles que creem nessa falsa doutrina dizem às pessoas que querem ser limpas de seus pecados, que se ‘andarem na luz’ – se comportando como deve um Cristão – o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, as purificará de todo pecado?” Isto nada mais é do que salvação por obras, e certamente conflita com outras Escrituras que claramente ensinam que a salvação “não vem das obras” (Ef 2:8-9; Tg 3:5; Rm 4:5, etc.). Agora, eles podem afirmar: “Mas não é isso que estamos dizendo. Uma pessoa deve continuar andando na luz para ser salva”. No entanto, isso está deduzindo algo que não está no versículo. Ele diz: “Se andarmos na luz... o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado”.
Fica abundantemente claro que este versículo deve significar outra coisa. Precisamos entender que o apóstolo João escreve com muitas declarações abstratas que devem ser consideradas como preto ou branco. Uma vez que o testemunho Cristão de sua época estava sendo infiltrado por professantes vazios, a primeira epístola de João estabelece as características de um verdadeiro filho de Deus e dá as características daqueles que não são verdadeiros. Visto que há algo que põe à prova a confissão de um homem (“Se dissermos” – vs. 6, 8, 10, etc.), essas coisas poderiam ser usadas para discernir aqueles que vieram a eles fazendo uma profissão de fé.
O equívoco aqui surge de pensar que andar “na luz” é uma exortação prática. Não é uma exortação prática, mas sim uma afirmação declarando onde os filhos de Deus caminham. Eles estão “na luz” e não podem fazer mais nada além de andar na luz. Não está falando se eles se comportam de acordo com a luz no que diz respeito à sua prática. Eles estão “na luz”, e se eles virarem as costas para a luz, então a luz apenas brilhará nas suas costas. É uma declaração abstrata indicando o lugar onde eles estão com Deus.
As outras coisas que caracterizam os filhos de Deus, mencionadas neste versículo, são que têm “comunhão” com os outros na família de Deus e que são purificados pelo “sangue de Jesus Cristo”. Tendo mencionado essas coisas, elas imediatamente tornam-se um teste para qualquer um que professe ser um Cristão. Se alguém diz que é da família de Deus e não conhece seu relacionamento com Deus na luz, e não goza de comunhão com os filhos de Deus, nem entende a obra de Cristo na cruz pela qual seus pecados foram lavados, temos boas razões para acreditar que ele pode ser uma farsa. Este é o foco da passagem – na verdade, o teor de toda a epístola. Mas alguém pode dizer: “Bem, eu conheço um verdadeiro crente que anda nas trevas”. Praticamente falando, um Cristão pode andar nas trevas no que diz respeito às suas ações, mas, quanto à sua posição, ele está “na luz”.

TIAGO 5:19-20


TIAGO 5:19-20

“Irmãos, se algum de vós se desviar da verdade e alguém o converter; saiba que aquele que converter o pecador do erro do seu caminho salvará da morte uma alma, e esconderá uma multidão de pecados”.
Dizem que esse homem precisava se converter novamente; portanto, deve ter perdido sua salvação.
Como mencionado em nossas observações sobre a conversão de Pedro (Lc 22:32), salvação e conversão não são a mesma coisa. Uma pessoa é salva uma vez, mas ela pode precisar ser convertida várias vezes. Conversão é ter o coração voltado para Deus. Isso acontece inicialmente quando uma pessoa é salva, mas se ela voltar seu coração para o mundo precisará ser restaurada tendo seu coração voltado para Deus novamente. Para ajudar a resolver a confusão na mente de alguns, certos tradutores usam “fazer voltar” para a palavra “converter” (KJV). É uma restauração da alma à comunhão com o Senhor, não uma segunda salvação.
Se conversão é sinônimo de salvação, o fato de que um de seus irmãos seja instruído a convertê-lo deve soar um pouco estranho. Todos nós sabemos que o Senhor é o Único que salva almas do inferno – não os irmãos! Deveria ser óbvio que não poderia estar falando de uma segunda salvação.
Aqueles que trabalham para restaurar alguém surpreendido numa falta (Gl 6:1) podem salvar “da morte uma alma”. A morte aqui se refere a um Cristão faltoso sendo levado para o céu como resultado de um juízo governamental do Pai (1 Pe 1:17). Seu curso de pecado é tal que Deus o remove do seu lugar de testemunho na Terra (Jo 15:2; At 5:1-11; 1 Co 5:2, 11:30; 1 Jo 5:16). Note que “salvar”, aqui, é ser livrado de literalmente morrer sob a mão de Deus em um julgamento governamental.